segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Nossos Primeiros Passos

O Blogger foi criado inicialmente por uma proposta de avaliação pelo Professor Arnaldo Oliveira, na disciplina Recursos Tecnologicos pela Universidade Federal do Piauí - UFPI, mas nos empolgamos tanto com a idéia que pensamos: "Será que depois da avaliação e do término do período acabaremos com ele? Ou será que devemos continuar como uma forma de trocas de experiências, exposição de atividades e conteúdos desenvolvidos no curso, como forma de  enriquecimento de  trabalho que será vistos por muitos e quem sabe servirá de ajuda para alguém?" Não sabemos ainda ao certo sobre o FUTURO, então pensando no AGORA, queríamos apresentar inicialmente algo diferente em nossa experiência acadêmica, que realmente nos tocou, nos encantou e que foi um aprendizado gigantesco, tanto para nossa vida profissional como pessoal. Por isso, a idéia de apresentarmos a intervenção que fizemos há poucos dias no Hospital Infantil Lucidio Portela (Teresina - PI), pois tal intervenção foi tão edificante nas nossas vidas que gostariamos muito de dividir com vocês caros leitores. Esperamos que curtam cada palavra dita (escrita), cada foto exposta e cada vídeo ouvido, esperamos que com esse aperitivo vocês se sintam tocados, que vocês reflitam e sobre suas atitudes. Esperamos que gostem da nossa  proposta e que se divirtam lendo, que Brinquem de Aprender com as palavras. Desde já agradecemos sua visista.



Cris Quaresma, Luana Pereira, Maria Pires, Nayara de Araújo, Thami Bezerra e Juliana Mota - As Amigas do Saber

.Obs: Em breve mais postagens.

Sintam - se em casa.

Dedicatória aos verdadeiros Mestres

        Dedicamos esse blog a todas as crianças que são o nosso estimulo, a nossa fonte, a nossa energia para a construção de um bom trabalho, pois são elas que renovam a nossa esperança e a nossa Fé em busca de um futuro educacional de qualidade.

        Pensando nelas (as crianças), queremos dedicar esse blogger em especial as nossas crianças do Hospital Infantil Lucidio Portela com quem desenvolvemos um trabalho acadêmico (com a professora Luciana Soares), que por sinal foi muito prazeroso, que a nosso ver se trata de simples atividades, mas que para elas é a mais linda e pura forma de carinho e atenção. Gostaríamos de deixar registrado nesse blogger o nosso MUITO OBRIGADA a Bia, Rakeilane, Luana, Jennifer, Maria Eduarda, Iasmim, Wellington, Edilson, Samuel, Kallebe e Nylderon crianças lindas que nos fizeram enxergar o mundo com outros olhos e que nos conquistaram e nos encantaram da forma mais simples e pura , através do carinho. Apesar do pouco tempo, a sensação que temos é a de transformação, renovação e pensando em tudo que vivemos, sentimos e aprendemos. O NOSSO MUITO OBRIGADA!


Crianças (na foto:  Luana, Iasmim, Maria Eduarda, Jennifer, Rakeilane e Beatriz) do Hospital Infantil Lucidio Portela.
Teresina - PI




"...nada se compara à sensação de se estar em constante carinho com os sonhos.
A borda dos risos é feita de chocolate...
E o interior deles recheado de mel e arrepios." 



(Poema: Ao Sabor de Halifas Quaresma)

O Protetor



Nascemos dignos de um mundo inteiro.
Somos todos frutos de uma mesma inocência.
Eu sei, porque já estive nessa época do tudo.
Os pequenos têm olhos abertos, amigáveis.
É pra abraçar o mundo e conquistar as coisas que vê.
A bolinha do olho brilha, quando enxerga à sua volta
Uma infinidade de momentos e encantos
Que o esperam para uma dança feroz e uniforme.
Mas os que já beberam dessa doçura,
Corrompem a necessidade de uma criança, de achar que pode chorar e rir ao mesmo tempo.
Somos nós os que fazem pirraça.
Os que brincam com a velocidade da vida.
Pois quando crescemos
Deixamos pra trás os grandes olhos de pequenos amantes de tudo
E passamos a amar o escuro dos olhos fechados.
Olhos fechados.
Isso explica tudo.
Porque como cegos não enxergamos se quer os que nos rodeiam.
E talvez por isso haja necessidade do toque, do cheiro, do ouvir.
Talvez por isso nos rendemos tantas e tantas vezes aos lugares altos.
Por que a vontade de ser visto,
Que nos faz desejar pedestais,
Faz-nos tropeçar e cair por conta dos próprios cadarços desamarrados.
Espero mesmo que meus filhos possam enxergar durante toda a vida.
Assim podem adoçar a boca com um punhado de açúcar,
Sempre que precisarem dar um basta ao amargo humano.
E espero que tenham medo de trovão aos 30 e tantos anos de idade.
Assim podem me abraçar sem a vergonha dos adultos.
E fazer com que me sinta de novo, protetor.
Amigo.
Ou Pai.
                                    (Halifas Quaresma)

A importância do trabalho da Pedagogia Hospitalar



1. Introdução:

Neste trabalho abordaremos a classe hospitalar como modalidade de ensino em educação especial. A classe hospitalar não pode ser vista apenas como espaço de uma sala de aula, inserida no ambiente hospitalar, mas como um atendimento pedagógico especializado. Esse trabalho caracteriza-se pela diversificação de atividades, por ser uma classe multisseriada que atende à criança
e adolescentes internados em enfermarias pediátricas ou em ambulatórios de especialidades.
A classe hospitalar tem a finalidade de recuperar a socialização da criança por um processo de inclusão, dando continuidade a sua aprendizagem. A inclusão social será o resultado do processo educativo e reeducativo. A escola é um fator externo à patologia, logo, é um vínculo que a criança mantém com seu mundo exterior. Se a escola deve ser promotora da saúde, o hospital pode ser mantenedor da escolarização. E escolarização indica criação de hábitos, respeito à rotina; fatores que estimulam a auto-estima e o desenvolvimento da criança e do adolescente (Fonseca, 1999).
Podendo desenvolver uma oportunidade de ligação com padrões da vida cotidiana, a classe hospitalar, garante um vínculo entre a criança e o ambiente escolar. É necessário que as atividades realizadas com essas crianças e adolescentes tenham começo, meio e fim e que o professor precisa estar ciente que cada dia se constrói com planejamento estruturado e flexível.

O ambiente da classe hospitalar necessita ser diferenciado, tem que ser acolhedor, com estimulações visuais, brinquedos, jogos, sendo assim um ambiente alegre e aconchegante. É através do brincar que as crianças e adolescentes internados encontram maneiras de viver a situação de doença, de forma criativa e positiva. Portanto, o trabalho em classe hospitalar faz com que há diminuição do risco de comprometimento mental, emocional e físico dos enfermos.
No entanto às atividades são coordenadas de forma a dar um suporte e continuidade ao trabalho escolar das crianças/adolescentes atendidos na classe hospitalar. Assim, o planejamento de tais atividades torna-se imprescindível com o objetivo de reintegrar as crianças/adolescentes à sua escola de origem, assim que obtenham alta do hospital.

2 Conteúdo.

2.1 A prática da pedagogia hospitalar:

A Pedagogia Hospitalar oferece assessoria ao desenvolvimento emocional e cognitivo da criança e adolescente hospitalizado. A prática da
Pedagogia Hospitalar busca modificar situações e atitudes junto às crianças/adolescentes internados, envolvendo-os em ambiente de modalidades de intervenção e ação; com programas adaptados às capacidades e disponibilidades de cada interno.  Segundo Franco (2001), destaca sobre a formação capacidades do  pedagogo, que neste momento histórico começam a ser quebrados antigos paradigmas sobre o perfil do pedagogo, e começa a surgir um novo pedagogo com uma nova práxis educativa a partir das novas perspectivas formativas que fornecem o enfrentamento corajoso do renascimento dessa profissão.
A relação entre o profissional pedagogo e da área de saúde,
expressa a prática transdisciplinar. A prática do pedagogo poderá ocorrer nas unidades de internação, na ala de recreação do hospital.
É preciso que o professor conheça a realidade com o qual o aluno está apto a lidar, qual o desempenho que o aluno é capaz de apresentar ao realizar as atividades que o professor venha propor.

(...) abre-se, com este estudo, a necessidade de formular propostas e aprofundar conhecimentos teóricos e metodológicos, visando em atingir o objetivo de dar continuidade aos processos de desenvolvimento psíquico e cognitivo das crianças e jovens hospitalizados (CECCIM, R. B. & Fonseca, 1999, p.117).

2.2 Escuta pedagógica à criança hospitalizada:

O atendimento educacional a jovens e crianças hospitalizadas está assegurada pela Declaração da Criança e Adolescente Hospitalizadas: o direito da criança “desfrutar de alguma recreação, programas de educação para a saúde e acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência no hospital”. (CNDCA, 1995)
Para se efetuar esse atendimento educacional foi criada a classe hospitalar, que deve enfatizar as necessidades imediatas dessa criança ou adolescente esse trabalhado pedagógico visa:

·         Impedir a interrupção do processo de aprendizagem da criança, para que futuramente esta possa ser reintegrada a sala de aula;
·         Contribuir para a educação da criança e lhe atribuir responsabilidades educacionais;
·         Conscientizar o paciente, a professora e a família quanto à necessidade dos estudos após hospitalização nos casos possíveis;

Esses objetivos, entre outros, se relacionam não só com a aquisição de conhecimento formal e continuidade do estudo, mas também com o desenvolvimento cognitivo da criança hospitalizada.
O Brasil até o ano de 2001 dispunha de 60 classes hospitalares, o que representa um número muito pequeno em vista do número de hospitais estaduais e particulares existentes no país.
Segundo Ceccim e Carvalho (1997) à percepção de que mesmo doente a criança pode brincar, pode aprender, criar e principalmente continuar interagindo socialmente, muitas vezes ajuda na recuperação, assim a criança terá uma atitude mais ativa diante de vítima mediante a situação.
Desse modo podem-se destacar duas formas de acompanhamento pedagógico: a criança com internações eventuais e com internações recorrentes e/ou extensas.
Temos que levar em conta que o afeto no período de internação, que representa um momento delicado da vida é muito importante, mas temos de deixar bem claro que o professor tem que exercer o papel de professor não de mãe substituta, tia, psicóloga ou até mesmo uma recreacionista, mas cabe sim ao pedagogo uma escuta pedagógica que autoriza um sentimento de aprendizagem, processo, avanço, transposição do não sei, para o agora sei.

O trabalho pedagógico para muitas crianças que estão no hospital é uma oportunidade única de receber atendimento pedagógico, já que a maioria das classes iniciais de escolas públicas ou particulares não conta com professores com formação pedagógica adequada, facilitando assim a exclusão como é o caso de crianças autistas, deficientes mentais e outras situações.

3 Conclusão:
A criação de classes escolares em hospitais é resultado do reconhecimento formal de que crianças hospitalizadas, independentemente do período de permanência na instituição ou de outro fator qualquer, têm necessidades educativas e direitos de cidadania, onde se inclui a escolarização. A legislação brasileira reconhece o direito de crianças e adolescentes hospitalizados ao atendimento pedagógico-educacional. A esse respeito, merece destaque a formulação da Política Nacional de Educação Especial
(MEC/SEESP, 1994; 1995). Essa propõe que a educação em hospital seja realizada através da organização de classes hospitalares, devendo-se assegurar oferta educacional, não só aos pequenos pacientes com transtornos do desenvolvimento, mas, também, às crianças e adolescentes em situações de risco, como é o caso da internação hospitalar (Fonseca, 1999).

A prática pedagógica nesse espaço exige dos profissionais envolvidos maior flexibilidade, Logo, a atuação na classe hospitalar requer compreensão para a peculiaridade do que em outras instituições, é necessário um planejamento para enfrentar esse desafio com temas geradores e percursos individualizados.

REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE PEDAGOGIA – ISSN: 1678-300X
Revista Científica Eletrônica de Pedagogia é uma publicação semestral da Faculdade de Ciências Humanas de
Garça FAHU/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG.

Pesquisa feita no Link: >http://www.revista.inf.br/pedagogia/pages/artigos/edic11-anovi-art10.pdf< Acesso: 28 de Nov. 2011



Trecho do vídeo do documentário Doutores da Alegria 

Indicação das Amigas do Saber


   Indicação do blogger  para a disponibilização de materiais didáticos para uma melhor compreensão sobre o trabalho hospitalar e  para ser trabalhado com as crianças nos hospitais. Blogger: Cerelepe - Centro de Estudos sobre Recreação, Escolarização e Lazer em Enfermarias Pediátricas. Universidade Federal da Bahia. 

Link:  > http://www.cerelepe.faced.ufba.br/livros.php < Acesso em: 28 de nov. 2011.






         

























Primeiro Dia de Intervenção no HILP (Hospital Infantil Lucidio Portela)

Para nossa terceira avaliação na disciplina Aspectos Psicossociais da Aprendizagem, a professora Luciana Soares aplicou uma intervenção no Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP), com o intuito de desenvolver atividades com os mais variados temas de acordo com a realidade das crianças. O trabalho teria que ser preenchido com uma carga horária de 12 horas, divididos em três dias. Adotamos um nome para o grupo "Os Novos amigos" e uma frase para o mesmo, "Vamos Brincar de Aprender". No primeiro momento, ficamos um pouco assustadas de como reagiríamos diante das crianças, como seria o nosso primeiro contato, nos questionávamos se as mesmas iriam gostar se iriam gostar das atividades que haviamos proposto para eles, se se envolveriam, enfim ficamos apreensivas, mas logo toda essa sensação acabou quando iniciamos nossa primeira atividade. Conhecendo as crianças que lá estavam a citar: a doce Iasmim, Beatriz com sua sinceridade aguçada, o Welligton um encanto de criança e muito observador, Luana uma criança muito atenta e inteligente, Rakeilane uma menina tímida e sorridente, Edilson nosso rapazinho, Maria Eduarda com sua personalidade forte e por ultimo a ansiosa Jennifer, começamos a ficar a vontade e fazer com que elas também ficassem a vontade.
No primeiro dia (19/11/11) trabalhamos o assunto de ciências órgãos dos sentidos com os objetiv
  •   Aprender sobre os órgãos dos sentidos;
  • Identificar os cinco sentidos; 
  •  Perceber o mundo através desses sentidos;
Além da oralidade, utilizamos cartazes com varetas, para uma  melhor visualização do conteúdo trabalhado, reconhecemos também os conhecimentos prévios dos alunos, depois levamos materiais para que elas experimentassem as sensações vendo, ouvindo, sentindo, cheirando e degustando. As crianças foram avaliados através da observação em relação à distinção dos sentidos e suas percepções do ambiente que proporcionamos para desenvolver essa atividade.















Segundo Dia de Intervenção no HILP (Hospital Lucidio Portela)

No segundo dia de intervenção (20/11/11) tanto as crianças como nós já estávamos a vontade,  dessa forma, nos divertimos mais, brincamos mais, rimos mais e aprendemos mais. Nesse dia buscamos trabalhar o valor moral, noções que gostaríamos que fosse assimilada por elas. Fazendo com que as mesmas penssassem e reflitissem  sobre essa realidade, o preconceito, algo talvez presente no dia a dia delas. Daí, através do componente curricular de História abordamos o tema "As diferenças", através desse assunto tentamos focar na:

  •   Aprender sobre as diferenças entre as pessoas;
  •  Identificar as diferenças que existem entre as pessoas;
  • Enfatizar a importância de sermos diferentes;
Trabalhamos esses assunto através da explicação do conteúdo, fazendo com as próprias crianças percebessem as diferenças entre elas, diferenças físicas, de personalidade e comportamento, em seguida fizemos as leituras de histórias que fale do tema tratado, diferenças: “Vivinha a baleiazinha” de Ruth Rocha e a revistinha em quadrinho da Mônica “Diferenças Especiais”. Em seguida fizemos também uma atividade em grupo abordando a história contada e outra em que uma criança seria desenhada em um papel peso 40 pelos colegas, depois uma atividade auto-retrato onde as crianças desenharam seus rostos em uma folha utilizando pincel e lã (para cabelos). Finalizamos com um vídeo de uma música que fale das diferenças, “Você é especial” da Aline Barros.
As crianças foram avaliadas através da observação em relação à participação na hora da explicação sobre o conteúdo proposto, as diferenças, na leitura das histórias e da apresentação do vídeo da música através de perguntas, se as mesmas entenderam o assunto. A observação se deu também através do desempenho das crianças nas atividades propostas ao final da explicação.





















domingo, 27 de novembro de 2011

Terceiro Dia de Intervenção no HILP (Hospital Infantil Lucidio Portela)

       
Como o ano está chegando ao fim, no terceiro dia (26/11/11) resolvemos abordar a temática de Natal,  que apesar de outros grupos terem trabalhado, procuramos desenvolver as atividades de  forma que não ficasse cansativo para as crianças. Além do mais um mesmo tema pode ser abordado de várias formas. Optamos por recursos que chamassem a atenção das crianças, que as envolvessem.    
Nessa intervenção tinhámos  como objetivos  :

  •  Aprender sobre o Natal;
  • Conhecer sobre o nascimento de Jesus Cristo; 
  • Descobrir verdadeiro sentido do Natal; 
  • Identificar os elementos e os símbolos do Natal;  
  • Conhecer a verdadeira história de Papai Noel;  
No primeiro momento apresentamos a história do nascimento de Jesus Cristo através de uma maquete, no segundo momento houve a apresentação de uma história infantil abordando a verdadeira história do Papai Noel, de Alexandre Lobão, logo em seguida realizamos uma atividade prática envolvendo pintura individual e uma atividade visando o trabalho coletivo, a construção de uma árvore de natal. Finalizamos com uma apresentação musical natalina através de uma dança com a entrega posterior de gorros e lembranças.
      As crianças foram avaliadas através da observação em relação à explicação do assunto com perguntas, e a valorização dos seus conhecimentos prévios. A observação se deu também através do desempenho das crianças em relação as atividades propostas.

























A concretização de um trabalho gratificante.